O primeiro satélite angolano, o Angosat, um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares (269,6 milhões de euros), foi ontem(26) lançado no Cazaquistão, e comemorado em Luanda com fogos de artifícios.
Angola torna-se assim no sétimo país africano, ao lado da Argélia, África do Sul, Egito, Marrocos, Nigéria e Tunísia, com um satélite de comunicações em órbita, que entra em período de teste até Março, aproximadamente.
Na semana passada, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de informação, Carvalho da rocha, informou que comercialmente 40 por cento da capacidade do satélite já está reservada.
O Angosat-1 foi construído por um consórcio estatal russo e foi lançado, às 20:00 de Angola, com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia.
Segundo o ministro angolano, o Estado angolano estima a recuperação do investimento em pelo menos dois anos, olhando a valores mínimos de 15 milhões de dólares.
“As nossas operadoras, todas elas juntas, para poderem prestar o serviço de telefonia móvel e outros alugam espaço em outros satélites, que dominam essa nossa região. E todas elas juntas gastam em média por mês entre 15 a 20 milhões de dólares”, referiu o governante angolano.
A construção, adiamentos de lançamento e vida útil
A construção do satélite, que teve sucessivamente adiado o seu lançamento, teve início em 2013, com o objetivo de disponibilizar serviços de telecomunicações, televisão, internet e governo eletrónico, devendo permanecer em órbita “na melhor das hipóteses” durante 18 anos.
Veja o lançamento do Angosat-1
Em Luanda, capital angolana, o lançamento do Angosat-1 foi testemunhado por várias pessoas, entre elas governantes angolanos, na marginal de Luanda, através de uma tela gigante, que terminou com uma sessão de lançamento de fogo de artifício.